O Brasil tem motivos para comemorar na disputa do mundial de hipismo paralímpico que está sendo disputado na cidade de Herning, na Dinamarca. O brasileiro Rodolpho Riskalla, de 37 anos, conquistou a medalha de bronze no técnico individual Grau IV - para atletas com comprometimentos leves em um ou dois membros ou com deficiência visual moderada. O pódio foi completado pelas holandesas Sanne Voets e Demi Haerkens com o ouro e a prata, respectivamente.
- Ganhar uma medalha é sempre incrível, especialmente em um mundial! Essa ainda tem um significado e importância especial para mim pois é o último concurso do meu cavalo Don Henrico. Depois, ele será aposentado - disse o cavaleiro após a conquista.
Riskalla é medalhista de prata nos Jogos Paralímpicos de Tóquio 2020 nesta mesma prova e leva agora a terceira medalha em mundiais. Na última edição em 2018, realizada nos Estados Unidos, levou duas pratas.
Trajetória de Riskalla
Cavaleiro do hipismo convencional até 2015, Rodolpho migrou para o paralímpico depois de contrair uma meningite bacteriana. As complicações da doença fizeram com que o paulista tivesse partes da mão e perna amputadas.
Atualmente ele compete no hipismo no Grau IV, ou seja, para atletas com comprometimento leve em um ou dois membros ou com deficiência visual moderada. Na modalidade, quanto maior o comprometimento, menor o grau.
Briga por mais medalhas
O Mundial ainda não acabou para o Rodolpho. No próximo domingo, ele compete ainda nas disputas no estilo livre e por equipe na Dinamarca e não esconde a expectativa.
- Estou muito confiante! É uma prova que gosto muito e acho que posso conseguir outra medalha - completou Rodolpho.
O Mundial de hispismo paralímpico da Dinamarca ocorre até domingo, dia 14 de agosto.
Recorde brasileiro no hipismo
No mesmo mundial, João Victor Oliva, filho da rainha Hortência, foi o primeiro brasileiro a disputar as semifinais do adestramento individual e registrou a nota 73.313%, novo recorde brasileiro em torneios cinco estrelas. A marca o fez terminar a competição na 21ª posição, a melhor do Brasil na história da prova em Mundiais ou Olimpíadas.
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